Eu ando a falar com um rapaz. Ele é loiro e eu odeio loiros, simplesmente não acho rapazes loiros de olhos azuis bonitos. Mas existem sempre exceções.
Tal como os outros três, este rapaz gosta da mesma rapariga que os outros três de quem eu gostei gostaram. Entendido?
É muito frustrante, na tua pura adolescência seres trocada três vezes pela mesma oferta, com esta vez, são quatro.
Então, a conversa foi mais ou menos assim:
-Ouvi dizer que te chateaste com o teu primo e que foi sério, está tudo bem?
-Olha, não me leves a mal, mas a única pessoa com quem quero falar, e tu sabes quem é, é a Matilde. Preciso dela. Desculpa. Podes-lhe dizer que estou em baixo?
[...]
Eu não sei se hei-de chorar por nunca ter sido tão rejeitada ou se hei-de colocar a minha raiva toda numa mensagem de texto e lha esfregar na cara.
Isso seria revelar-lhe muita importância.
Vou ficar pelo Vista ás 19:45.
Estou tão revoltada. Até pode parecer infantil da minha parte estar a dramatizar por uma rejeição de um rapaz. E sim, se não houvessem aqueles três passados tenebrosos eu estava a dramatizar. Mas, passar pelo mesmo déjà vu sucessivamente é mesmo muito cansativo. É como fugir à rotina e simplesmente não conseguir sair do remoinho.
Devo ter sido uma pessoa horrível numa vida desconhecida.
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